domingo, 21 de novembro de 2010

Acontece ...

Você se apaixona por um cara que aparentemente sente o mesmo por você; ele manda flores e você cria borboletas.
Tudo lindo.
Até que em um belo dia ele acorda com vontade de nunca mais.
Não te liga. Não te atende.
monossilábico: Sim. Não. Depois.

O segredo talvez seja nunca entregar o troféu.
Não dizer eu te amo – sempre – primeiro.
Deixar claro que existem outros concorrentes, outras chances de ganhar.
Que o jogo ainda não acabou.

Então amar é jogar um jogo ? - Não.

Fazer durar pra sempre é.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Abro os olhos de manhã e penso que hoje pode ser o dia de minha morte.
No entanto posso viver 50 anos e o minuto que passa pode ser tudo que me resta pra viver, mas com você eu desperdiço o tempo que for, por que para mim eles são infinito.
Não necessito de mais nada nesse mundo, porque o melhor dele eu tenho, e é você.

domingo, 14 de novembro de 2010


Dias frios são eternos baús cheios de lembranças, e por mais amenos e gostosos que sejam, o que trazem consigo nem sempre é tão prazeroso.

Alguns dizem que voltar ao passado só seria bom se pudéssemos reverter alguma coisa. Com a mente vaga, o simples fato de lembrar daqueles lapsos de felicidade que pareciam eternos gera, acima de tudo, saudade. Saudade e, quem sabe, um inútil arrependimento.

Odeio ter de voltar a viver uma cena que não vai se repetir. Infelizmente (ou quem sabe, felizmente) a vida não é feita de segundas chances e temos que nos conformar com certas coisas sem sentido nem motivo, quando a única explicação que achamos é a mesma balela da vovó: “tinha que ser assim”.

E se não tivesse?

Pior do que cair na realidade é fantasiar e criar hipóteses sobre um futuro já passado e impossível. Ficar se perguntando como teria sido agora, é o mesmo de se dilacerar por dentro lentamente.

Talvez não tivesse durado mais que uma semana; talvez tivesse durado um ano. Não acredito em destino, só acredito que as coisas não são por acaso. Logo que acabou e não volta, que tal ficar triste por duas horas, não mais, e esperar as coisas melhores que estão pra vir?

Conviver com alguns erros é fundamental, e tudo, TUDO tem seu o preço e sua lição. Afinal, não seria errando que se aprende?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Talvez eu esteja surpresa do jeito que você me ama o tempo todo
Talvez eu tenha medo do jeito que te amo
Talvez eu esteja surpresa do jeito que você me arrasta pra fora do tempo
E me enforcou em uma linha
Talvez eu esteja surpresa do jeito que eu realmente preciso de você

Talvez eu seja uma garota e talvez uma garota solitária
Que está no meio de alguma coisa
Que não entende realmente

Talvez eu seja uma garota e talvez você é o único homem
Que já pode me ajudar
Amor, você não vai me ajudar a entender

Talvez eu esteja surpresa do jeito que você está comigo o tempo todo
Talvez eu tenha medo do jeito que eu te abandono
Talvez eu esteja surpresa do jeito que você me ajuda a cantar minha música
Me corrige quando estou errada
Talvez eu esteja surpresa do jeito que eu realmente preciso de você .
Essa minha bipolaridade; um dos motivos da minha magia, tem começado a te confundir.
Mais que isso.
Tem feito você querer desistir.
Porque eu nunca sei o que fazer, o que falar. Sou um completo mistério.
E a cada passo você tem medo de estar fazendo a coisa errada e botar tudo a perder .
Porque eu nunca sei se vou gostar ou odiar.
Se vou abraçar ou rejeitar. Todo esse tempo você conviveu com isso.
E gostou. Porque é parte do encanto que fez tudo chegar aonde chegou.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Conto : separados .

Tudo estava indo bem – você sabia que não estava, mas gostava de fingir que sim – ele sorria, te abraçava e às vezes ficava em silêncio. Esse silêncio te incomodava, mas era algo que você facilmente esquecia: Um beijo, dois beijos, um abraço e um pouco mais além. Não era mais a mesma coisa, mas você preferia isso do que outra coisa: Solidão.

Foi então, que em um belo dia de domingo cinza, ele te ligou e te disse que queria conversar. Tudo bem, você adorava fazer isso. Lápis de olho, blusa amarrotada e um tênis meio branco meio sujo. Você estava lá, esperando por ele. Linda, cheirosa – Gastou todo o seu perfume com ele de novo? – e sorridente. Ele chegou, lindo, cheiroso e não sorridente. Te abraçou como uma pedra de gelo, e foi escorregando pelo seu corpo sem que você conseguisse segurar, fazendo escorrer tristeza do seu coração e sair fumaça do seu estômago. Maldita pedra de gelo. Derreteu. Acabou.

Não era mais os dois, era você e ele.

Se-pa-ra-dos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

a carta...

Talvez você não consiga mais me entender como antes. Mas, não se preocupe, isso não é exatamente um problema.
Algo que talvez deveríamos conversar, mas não hoje, um dia. O que eu quero te dizer, é algo que eu não tenho certeza,
algo que eu não entendo. Não é uma novidade alguma para você o fato de eu não entender o que eu sinto, você
mais do que ninguém sabe disso. Não quero ter que mentir, então irei direto ao assunto. Talvez você nunca mais escute
isso de alguém, talvez ninguém sinta isso, ou pelo menos tenha coragem suficiente para dizer. Pois eu tenho e digo.
Eu te odeio. Uma parte de mim não consegue aceitar seus defeitos. É idiota, mas é o que eu sinto.
Suas atitudes as vezes me decepcionam, e muito. As coisas não são perfeitas quanto pareciam ser.
De fato nos nossos sonhos tudo era mágico, pois a magia acabou. Mas isso não quer dizer que não eu te ame, eu te amo.
Mas não te amo sempre, só as vezes. Quando você me abraça, quando você sorri e quando você me beija.
Isso é amar, não é? Se não for é algo bem parecido. Não quero que você mude, até porque sei que não funcionaria.
Quero apenas te dizer a verdade, pois eu não consigo mais viver com mentiras.
Preciso terminar essa carta, te lembrando que isso não é um adeus, nem um até logo.
É apenas um: Eu continuarei aqui para sempre. Te amando e te odiando.