Olha, amor, sei do meu egoísmo. Sei que, muitas vezes, esqueço de pensar em você para pensar só em mim. Pensar no que eu quero, no que eu sinto. Sei que tantas e tantas vezes eu peço para que você se coloque no meu lugar, enquanto eu, não me coloco uma vezinha sequer no teu. Sei que esqueço de reconhecer o quanto você já fez por mim. Me esqueço das vezes que você sorriu forçado, envergonhado, só pra atender um pedido meu. Das noites que você passou ao telefone comigo quando era apenas de companhia que eu precisava, e você, de descanso pra começar o outro dia. Me esqueço dos teus abraços que são o meu aconchego e que, muitas vezes, o que eu preciso. Das tuas mãos segurando forte as minhas mostrando que, com você, eu posso qualquer coisa. Me esqueço das tuas palavras ditas para me acalmar, das tuas insistências em nós. De todas as vezes que olhei para o lado e você sem dizer nada me mostrou que a direção certa é aquela que nós estivermos juntos. Eu sei, amor. Eu sei de tudo isso e todo o resto. Mas, nem por isso eu te amo menos ou acredito menos ou confio menos em você, tá? É que eu tô tendo que aprender tanta coisa… E meu coração não tá acostumado com essa saudade. Com esse “te encontrar de vez em quando”. Preciso da tua paciência e, principalmente, do teu acreditar em mim. Eu já disse uma vez e faço questão de repetir: não quero — e não vou — desistir de você. Não desiste de mim também.
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