sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sinceridade por acaso.



Talvez a sinceridade, assim, ela mesma, seja a melhor alternativa. Ou, se pensar melhor, a ausência de explicações demasiadas seja mais adequada. Mas e quando eu não sei bem qual parte da minha sinceridade eu devo usar? É, porque se teimo em dizer, que seja dito pelo menos aquilo que vá mudar alguma coisa. Ou simplesmente que tocasse ali, bem naquele pontinho onde eu gostaria, e sempre tento fazer através de palavras. Que não são lidas.
Talvez eu devesse ligar e dizer que assim eu não quero. Mas tenho medo que você me diga que se não for assim, não vai ser. E tem que ser. É impossível que não seja. Talvez eu deva deixar aqui, escondidas de você e abertas a quem quiser ver, as confissões todas que não faço cara a cara.
O fato é que me magoo fácil, sinto ciúmes até do seu travesseiro, sinto saudades dois minutos depois de você ir embora, odeio quando você não sorri, quando não me abraça direito e quando interrompe um beijo. Não suporto ouvir "não é nada com você, está tudo bem" quando eu sei que não está e me angustia não conseguir fazer essas palavras se tornarem mesmo verdade. Mas, principalmente, eu detesto perceber que talvez eu seja a parte mais interessada. Eu não quero jogar esse jogo por nós dois. E por mais que você não vá ler, esse eu gostaria que caísse por acaso em suas mãos. Por acaso.

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