segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Desistir.

E que eu posso desistir de tudo, menos de mim
Não posso desistir dos meus sorrisos. Não posso desistir do momento de agora.
Posso brincar de modelar a vida, pintar um novo sonho na minha parede, pendurar o retrato da minha história onde eu possa ver sem precisar olhar para longe.
Posso inventar um novo sabor, colher a flor que eu desenhei no canto da folha, tomar um café com cheiro de manhã de sol.
Posso cantar uma música sem letra, na melodia dos meus desejos, que somente eu ouça. 
Posso sussurrar baixinho que eu estou esperando o momento certo e soprar ar quente entre as minhas mãos para aquecê-las enquanto ele não chega.
Posso querer dormir um pouco mais, comer um pouco mais, brincar um pouco mais, sorrir um pouco mais. Posso contar os segundos, os carros na rua, as nuvens no céu, as batidas por minuto, os carneiros antes de dormir, as folhas que caem após a brisa. 
Posso contar para você que hoje eu acordei melhor.
Posso estender a mão e te trazer comigo, mas você vai ter que correr pra me alcançar. 
Eu tenho pressa para chegar na próxima estação, retirar meu vale vida e seguir em frente.
Posso te contar como eu consegui.
É fácil. É só saber o que eu não posso...
Eu não posso desistir de mim.

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