sábado, 5 de novembro de 2011

Que esteja perto.

"De repente a gente se encontra numa esquina, num outro planeta, no meio duma festa ou duma fossa, a gente se encontra, tenho certeza." (Caio Fernando Abreu)

Eu não sei se as coisas já nascem com prazo de validade. A gente nunca sabe quanto é que dura, até quando é que vai. Mas quem pára para pensar talvez pense em parar. Não sei mesmo se faz sentido. E se fizer nem interessa. Porque a prevalência é da incerteza, e mesmo que seja clichê é triste.

No fundo as coisas são tristes. Bem rasa e rara é a felicidade. Que se faz de fragmentos, e vai se acumulando... Quem é feliz não é de uma vez só. Eu falo sem pensar, talvez esteja errada. E ando cheia do talvez. É chato demais ter que esperar o daqui a pouco para garantir o sorriso. Empurro o tempo e espero, espero, espero.

Algumas coisas boas podiam ser eternas. E não me entenda mal. Não é pessimismo, é o contrário. Uma vontade doida de que o que é bom seja também bom daqui a um, dois, três anos. Que seja até o fim dos tempos. Não queria me projetar num futuro do qual eu não entendo. Mas também não queria deixar para trás esses desejos. Que se exteriorizem. E que aconteçam. É tudo que peço. Ser feliz tem um preço... um dia somos tristes, e depois já não sei. Que o "não sei" venha logo... e que traga você de uma vez. Que esteja perto. E me desculpe as poucas palavras, o vocabulário raso. Algumas idéias vêm ao mundo despidas do luxo. Estas são simples, mas são minhas. Para você.

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