quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fora de mim.

Tudo o que é improdutivo se torna esgotante, e minha fonte de energia secou, eu não tinha mais por onde trilhar um caminho ao seu lado, havia obstáculos demais para alguém que, como eu, sempre preferiu tomar impulso e ir em frente mantendo o ritmo. Nunca gostei de pausas, nunca gostei de intervalos no meio das peças de teatro, nunca gostei nem mesmo de parar na estrada para ir ao banheiro e tomar uma água, queria sempre seguir em frente, a constância para mim era sinônimo de paz, uma paz sem perder o pique, sem perder a velocidade, uma paz dinâmica, diferente da paz dos cemitérios, da paz da solidão. Mas estando com você eu teria que me acostumar a um amor interrompido cada 10km rodados. Isso não era pra mim. Não sou mulher de ter que recuar toda hora pro acostamento e manter uma viagem atravancada para lugar nenhum, tudo pela vaidade de, em troca dizer ao mundo: “Vejam só, eu tenho alguém!” o que eu tinha era um fiasco: eu te amava e me sentia completamente desacompanhada. “Vejam como estou só” seria uma afirmação mais realista.

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