terça-feira, 7 de junho de 2011

ei, agora é sua vez !

Por muito tempo você acreditou que viveria o resto dos seus dias sem jamais voltar a cruzar o meu caminho. Ecoa pelo ar e chega aos teus ouvidos a minha voz e minha figura te ocupa o fundo dos olhos, seja qual for o lado que você esteja a olhar. É o tempo fazendo a justiça que eu tive preguiça de lutar para obter. É o dia-após-o-outro, é o aqui-se-faz-aqui-se-paga em dose pura e concentrada, vagando pelas tuas veias, te matando aos poucos. É cada aresta de cada letra de cada frase que eu escrevo te cortando a pele como uma navalha cega. É a imagem, o som e a sensação da angústia e da dor. É o tormento causado pela lembrança que hoje bate à sua porta. Joga fora tuas armas. Meu corpo conhece muito bem cada um dos teus golpes, e eu não hei de me ferir. Não agora. Não de novo.

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